Realmente, se tem uma coisa dificil de aceitar, é o fato de uma vida dupla. No começo é bom, coisas que você faz em uma, que você jamais faria na outra, e vice-versa. Como um homem que acorda na cama com sua mulher, toma café da manhã com os filhos, sai pra trabalhar, e a noite mantem relações sexuais com outro homem. Quando acorda e lê no jornal sobre tempos modernos, critica relações homosexuais. É como ser duas pessoas diferentes.
Bom, a certo tempo venho me deparando com isso. Não o fato de manter relações homosexuais (risos) mas o fato de me deparar com duas vidas. Ok, complicado isso. Eu tinha uma vida totalmente diferente à dois anos atrás, pessoas diferentes, ideais diferentes.
No começo, achei qe seria o suprassumo ter uma vida aleatória em uma cidade totalmete longe, com pessoas que não fazem idéia de quem são seus outros amigos ou seu passado, voc~e pode fazer tudo que desejava fazer antes e não fazia com medo de ser jugado. Mas depois de um tempo, isso começa a te afetar, o que aconteceu antes ou depois, se aquilo que você confidenciou pra pra esse lado ou para aquele. Você muda, acaba se confundindo com o que e como você era com cada pessoa.
A solução? O classico clichê: seja você
Não importa mais de que lado você está mais. A vida não são os outros, a vida é exclusivamente você! Quem tem de continuar ao seu lado, vai continuar. Não esqueça os outros, jamais, representaram uma parte da sua criação. Lembre-se sempre do que foi viver com eles. Mantenha contato com quem você acha que vai precisar mais vezes. Sim, a vida é interesse. Somos egoistas e temos de ser, se temos um amigo, é por interesse, o interesse de nos sentirmos bem com alguém, tudo é interesse, iportante pra gente, continuo com esse egoismo saudavel, ele não faz mal.
Dividi minha vida em duas fases, a fase morena, o antes, e a fase ruiva, a atual. Impossivel escolher uma, as duas foram e estão sendo fundamentais. Bem diferentes uma da outra.
Na minha fase morena, eu não pintava as unhas, meu cabelo era bom, eu só quera me vestir de preto. Meu pircing não tinha queloide, eu tinha amigas meninas, ia relativamente bem no colégio, escutava blues, musica classica, pop e funk, ficava feliz quando chovia depois da seca, fazia trabalho voluntario, virava a noite lendo Harry Potter, Artemis Fowl, Gossip Girl e Meg Cabot. Eu acreditava que o mundo realmente poderia ser um lugar melhor. Eu era patriota e me esforçava pra ter uma noção de politica. Eu me importava, E MUITO, com o que as pessoas achavam de mim, e tentava ser algo que agradasse os outros.
Eu era otimista.
Já na minha fase ruiva, eu pinto até as unhas do pé, meu cabelo ficou cacheado e eu uso roupas brancas e xadrez. Meu pircing passou por uma fase tensa de inflamação e de consolo, decidi fazer outro. Não me encontro mais em meninas, são todas teimosas e futeis, algumas exceções, sou um lixo no colégio por pura falta de interesse, e não me orgulho disso. Blues me deixa deprimida então eu evito, musica classica continua sendo uma paixão, mas como todas as paixões, passageira, apenas em seus momentos. Estou sempre em busca de musicas novas e experimentais. Ainda adoro chuva, mais acredite, todo dia, estressa. Trabalho voluntario? Se vontade é melhor não fazer. Não lendo mais, apenas absorvendo idéias dos grandes e eternos. O mundo vai ser um lkugar melhor, quando os seres humanos se matarem e liberarem a natureza de seu cárcere. Patriotismo? Uma idéia ridicula que só influencia xenofobia e preconceito, contra paises alheios como o seu próprio, por que não um estado unico? (momento utópico haha). Politica é um mal necessario, broxei totalmente ao mergulhar nesse mundo tendo como inalguração Dilma e Tiririca. Hoje, eu faço o que eu desejo, fazendo o máximo possivel pra não magoar aqueles que eu sei que realmente se importam comigo (obrigada papai), sou aquilo que desejo, e descobri que nem sempre eu preciso das pessoas. Passo tempo comigo. Não gosto de muitas pessoas, mas adoro pessoas.
Sou pessimista.
Progresso ou declinio?
Ps: fato é: só a Eleanor me entende...
(e a mariana, mais eu tô fazendo charme...saudades)
Nat.