quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ventos da noite


Seu peito arfando ao meu lado, eu sinto em sua respiração toda a paz que me cerca.
O sol nascendo e o mar, respirando. O universo conspirando com a tranquilidade e a inocência de um momento eterno, e único. Ele é dourado, e divino. Sonoro e ao mesmo tempo quieto, suave.
Algo simples como um tranquilo amor, nos transformando em apenas um, onde sou incapaz de aceitar algo tão sublime e puro.
Eu fujo...
Pra solidão obscura e brilhante do meu próprio eu.
Sinto seu sangue escorrendo pela sua pele arrepiada de culpa, e manchando a pureza das nuvens. E só observo, no isolamento do meu próprio drama.
Não fui feita pro amor. Fui feita pra compreensão individual.
Na neblina quando os primeiros raios tocam o céu, e os ventos da noite morrem.
Nasce da dor o amor mais duradouro.

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