Eu queria saber de tudo, e acabei não sabendo de nada.
Tinha alguém na minha mente, que não era eu. Me deixando confusa e prolongando minha busca, complicando minhas respostas, me dando pistas falsas sobre quem eu realmente era, quem eu realmente sou. Enquanto eu lutava pra me encontrar, eu sempre acabava me deparando com essa segunda personalidade. Eu não a conhecia e ela não me entendia.
Um dia, decidi conhece-la, e ela me disse " hey baby, sente-se e pegue um cigarro, vamos discutir nossa relação..."
Me deixei levar.
Fui bem a fundo e descobri que se intitulava Anita. Anita Fleming. Ela dizia que o poder estava em pernas depiladas, maquiagem forte, jaqueta de couro e salto alto, até hoje acho que ela tinha total razão. Vivia me dizendo como os caras agem, e como devemos agir com eles. Anita me levava pra beber, beijar e dançar. Queria sair quinta, sexta, sabado e domingo. Dizia pra não pensarmos no que fazer, queria sair, beber, fumar, se drogar, trepar com qualquer um, e dançar, aah, dançar, como dançava a Anita.
Anita Fleming era Caarpe Diem, era o sexo, era a noite.
A alegria e a depressão. Era o café frio da ressaca e a maquiagem borrada. Era o vestido vermelho e o solo de guitarra.
Anita era fetiche, desejo e feminilidade.
Anita é minha epifania.
Anita é meu pecado.
nat.
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